terça-feira, 16 de outubro de 2007

Guerra da Moda

O universo da moda esperou com ansiedade a 23º São Paulo Fashion Week (SPFW), que aconteceu em junho desse ano. Uma maratona de desfiles e badalação que caracteriza o acontecimento mais importante para as tendências de moda na próxima temporada primavera/verão - que é a que vivemos suando agora. O evento aconteceu no Ibirapuera, em São Paulo

Mas esse mundo da moda só é possível hoje devido a 2º Guerra Mundial, a maior alavanca que a moda já teve, acabando com a mesmice das bases da sociedade.

Como assim? A 2º Guerra Mundial obrigou as mulheres a saírem de casa e trabalhar em fábricas, tudo pelo esforço de guerra: os homens na frente de batalha e as mulheres na produção de armamentos, munições, roupas e alimentos.
Cortaram os cabelos (o que tornou o cuidado mais prático), ganharam em agilidade e competência.

E quando terminada a guerra, as mulheres não voltaram para casa: tomaram gosto pela empresa e pelo trabalho fora do lar.

Mudou radicalmente o comportamento da mulher: ao invés de "avanços" ocasionais, como cabelos curtíssimos, saias curtas e piteiras, ela se distanciou da feminilidade: aderiu aos tailleurs (conjunto de paletó e saia, com blusa por baixo, às vezes gravata) com ombreiras, fortalecendo o porte e "virilizando" a figura.

Sapatos tipo Anabela, práticos e confortáveis substituíram os saltos finos de bibelô (bonitos de se ver, perigosos para andar), ampliando a autonomia feminina.

Autonomia que foi mantida, aos "trancos e barrancos", e hoje sai tendência, entra tendência, a mulher ganha espaço sem descer do salto, ou descendo... se isso passou pelas passarelas do São Paulo Fashion Week.

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